
“Não se pode
ficar para sempre em cima do muro, uma hora você terá que pular”. Fala galera
aqui é o PEto e o game que trago hoje para vocês é o MIRROR’s EDGE, jogo de
ação e aventura em primeira pessoa.
Lançado em
novembro de 2008 para todas as plataformas inclusive para PC, o jogo foi
desenvolvido pela DICE e distribuído pela EA. Ambientado em uma cidade
futurista de governo centralizado e ditatorial visando organização, segurança e
bem estar da população (parece que bebeu da fonte do filme do Stallone, O
Demolidor).
Todos os
meios de comunicação são rastreados e a privacidade ignorada, a única forma de
comunicação é através de cartas entregues pelos Runners contratados que são pessoas que praticam o parkour e através dele garantir que a
mensagem chegue ao seu destino. Mas estas comunicações demonstram que mesmo com
toda tentativa de controle, tanto como a corrupção quanto a organização de
grupos rebeldes preparando tentativas de conseguir a queda do poder (lembram-se
do pessoal que morava no esgoto do filme Demolidor, é... então).
Em meio a
isso você controla Faith, uma Runner como qualquer outra responsável por entregas sem questionar. Em uma dessas
entregas, Faith entra no gabinete do líder da cidade e o encontra assassinado.
Um detalhe, do lado do corpo está sua irmã, uma policial de baixo escalão
claramente usada como bode expiatório e a partir daqui, Faith se envolve em intrigas
políticas para descobrir quem está por trás deste assassinato e o porquê.
Para isso,
Faith pulará entre os prédios, andará em corrimãos, e acima de tudo correrá, e
muito! O jogo é muito dinâmico nas ações de Faith.
Pelo enredo
percebemos que a estória será bem comprida devido a duas vertentes, a politica
da cidade futurista e o envolvimento da sua irmã com o assassinato do líder da
cidade. Aqui o jogo peca um pouco, as duas estórias são contadas em paralelos,
mas sem a riqueza detalhes merecida.
O gameplay é simplesmente fantástico,
fazia tempo que não me impressionava pela física de um jogo (desde o Half Life
1). Os elementos como impacto no solo, os passos, o segurar em uma fenda na
parede ou cano foram muito bem trabalhados, dando a mais próxima sensação
possível dos movimentos do parkour. Os
combates corpo a corpo também estão presentes, mas mais voltado para stealth, principalmente para desarme de
guardas. Aqui algo interessante, quando Faith desarma um guarda, você utiliza
esta arma. Bom né? Só que não. Faith não é policial e nenhuma perita em armas,
ela é praticante de parkour lembram?
Então atirar com ela é muito difícil e a sua melhor característica, a
agilidade, é perdida quando está com uma arma em punho.
O ambiente é
semiaberto, há a possibilidade de exploração do cenário (tanto dentro dos
prédios quanto fora deles), mas apenas um ponto como objetivo (indicado pelas
instruções recebidas por rádio que Faith carrega). Não há side quests (que eu tenha encontrado), mas nada que atrapalhe a
diversão, pelo jogo ser em primeira pessoa você tem toda a sensação de altura e
profundidade do alto dos prédios por onde Faith passa.
A estória é
contada em capítulos através de animações em 2D muito bem trabalhadas (seriam
melhores se a estória fosse mais bem detalhada).
Os controles
fluem bem até pelo fato de serem poucos comandos essenciais e todos no alto do
controle (no caso do Xbox 360).
O gráfico é
muito bonito (até para os dias de hoje) passando realmente a ideia de uma
cidade sob controle. O branco impera como cor, o vermelho detalha aonde Faith
pode ter alguma ação, seja uma caixa que pode ser usada para ganhar impulso ou
a plataforma que você deve alcançar com o salto. Um ponto negativo foram alguns
loadings no meio do gameplay (e não durante alguma passagem de porta ou mudança
de andar do prédio pelo elevador como é de praxe).
Na E3 de
2011 o presidente da EA Games disse que sua sequência estava em desenvolvimento
e utilizará o motor gráfico do Battlefield 3, é esperar pra ver.
Por enquanto
é só pessoal, até a próxima! Tudo de ótimo pra vocês!